A modalidade apresenta-se em queda no exterior e em movimento contrário no Brasil
Os novos programas de assinatura veiculares apresentam tendência cada vez maior no Brasil, enquanto no exterior a situação é contrária. Recentemente, a Audi e BMW encerraram os serviços de aluguel nos Estados Unidos, seguindo a mesma decisão da Mercedes-Benz.
No Brasil, esse modelo de locação já é aplicado em vários estados, ao passo que as alemãs realizavam testes em apenas algumas cidades. Como os resultados foram fracos, a definição foi por cancelar o serviço. A BMW, por exemplo, ofertava os serviços desde 2018 em Nashville e Tennessee. Os planos variavam de US$ 2 mil, para os da Série 4 e 5 e o SUV X5, incluindo versões híbridas; até US$ 3,7 mil para os M4, M5, M6, X5M e X6M, com seguro, manutenção e assistência emergencial inclusos. Os preços podem ter sido o principal motivo do fracasso, conforme o site norte-americano The Verge. Na contrapartida, a BMW recusou o motivo e afirmou que está focada em novidades, em breve divulgadas pela marca.
A Audi repetiu o modelo somente em uma cidade, no Texas. O diferencial da concorrente foi a prática dos valores mais em conta.
A Mercedes seguiu no mesmo caminho ao encerrar seus programas de assinatura, com decisão tomada em 2020. O enfoque era no programa Collection, voltado para o público mais jovem, com menor estabilidade financeira. Uma vez que a estimativa dos proprietários de um Mercedes é de 55 anos. No entanto, a faixa etária dos locatários não baixou dos 45 anos.
No Brasil
Por outro lado, no Brasil, as montadoras e locadoras estruturaram suas estratégias para este nicho. A Volkswagen apresentou o seu Sign and Drive, oferecendo T- Cross e Tiguan a partir de R$ 1.899 por mês, em novembro do ano passado; enquanto a Fiat, no mês seguinte, lançou o serviço Flua!, com modelos Jeep.
Destacam-se a Porto Seguro, Unidas e Localiza entre as locadoras que já oferecem há algum tempo aluguéis de longo prazo para pessoas físicas. A questão de mercado gira em torno do posicionamento entre as concorrentes, pois a demanda não deve permitir que o serviço se iguale ao valor de um financiamento, e precisa ainda compensar a ausência de carro para revenda ao fim do contrato.
Aparentemente também há uma tendência do mercado em focar em veículos tipo SUV para esse nicho específico. A procura por veículos de menor porte ainda é pequena, mas podem virar uma tendência na medida que o preço dos veículos novos continuar a subir.