Empresários de comércio de bens, serviços e turismo não sabem o que esperar no primeiro semestre de 2016. Pela primeira vez em 15 anos, 38% da classe empresarial não possui expectativa definida para o rumo de seus negócios, segundo dados da pesquisa da Fecomércio PR. A incerteza quanto à receita das empresas é o principal motivo.
Este é o pior índice de otimismo desde 2001, representado por 31% dos empresários, que creem na melhoria do faturamento. O próximo semestre será desfavorável na opinião de 25%. Aqueles que acreditam na permanência da situação somam 6%.
Varejistas e prestadores de serviços apresentam opiniões similares, sendo que para 40,8% e 39,9%, respectivamente, o período será indefinido. Entre os empresários do comércio, 29,1% mostram visão positiva, e 24,4% acreditam que o faturamento será menor. No setor de serviços, 29,4% estão otimistas e 23,5% pessimistas.
A pesquisa aponta que 65% dos empresários evitarão cortes no quadro funcional. Os que pretendem reduzir o número de funcionários são 17%, os que intencionam abrir novos postos de trabalho são 10% e os que ainda não sabem a postura a ser adotada somam 8%.
Os principais desafios do setor produtivo são a inflação crescente, o aumento no custo das mercadorias, a carga tributária elevada e clientes descapitalizados.
Oitenta por cento dos empresários afirmam que não farão novos investimentos no semestre. Os poucos que planejam investir destinarão recursos à compra de equipamentos, melhorias nas instalações, capacitação da equipe e propaganda.
Os empresários da região Oeste do Estado são os mais otimistas, com 40% de respostas favoráveis. Na sequência estão os empreendedores da região Norte (34%), Curitiba e Região Metropolitana (30%), Sudoeste (17%) e Ponta Grossa (13%).