A falta de peças, aliada ao agravamento da pandemia, levou à paralisação total ou parcial de 13 das 23 montadoras de automóveis do país ao longo deste segundo bimestre. Os dados são da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
Grandes montadoras como Volkswagen, Mercedes-Benz, Volvo, Scania, Honda, Nissan, Renault, Chevrolet e Toyota estão nessa lista. Com a parada de produção, especialistas no setor automotivo estimam que até 300 mil veículos podem deixar de ser produzidos este ano.
E mesmo com a melhora nos números da pandemia possibilitando a volta ao trabalho na indústria, a falta de componentes eletrônicos é apontada hoje como o principal problema para a retomada da produção em níveis normais. Com a queda na produção de veículos de 2020 a indústria de chips eletrônicos voltou sua produção para atender a fabricação de celulares e tablets, cuja demanda explodiu com as pessoas ficando em home office e necessitando de equipamentos mais atuais. Assim, algumas montadoras interromperam a produção de modelos mais baratos repassando os componentes disponíveis para aqueles com maior valor agregado.